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segunda-feira, 20 de abril de 2015

A Avaliação de Competências no Ensino a Distância

Mestrado em Pedagogia do eLearning: AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS ELEARNING (12090) 

Tema 2 - “A Avaliação Pedagógica em Contextos de Elearning” - Abril 2015


Docente: 
Dr.ª Lúcia Amante 
Mestrandos: 
António Chimuzu (Nº 1303044); Carlos Santos (Nº 1300971); 
Ivanilda Ramos (Nº 1400519) e Sérgio Silva (Nº1000737)

Resumo
A avaliação é um conceito multifacetado e que sofre evoluções na sua conceção e desenvolvimento. Com o surgimento e o desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação e com os novos ambientes de aprendizagem é exigida uma nova abordagem avaliativa, com novas atitudes, capacidades e formas de construir o conhecimento em rede. Na avaliação é exigida uma cultura avaliativa para uma abordagem sustentada na autenticidade, transparência, consistência e praticabilidade. 

Abstrat
Assessment is a multifaceted concept which evolves and develops. With the rise and development of information and communication technologies and new learning environments, it requires a new evaluative approach, with new attitudes, skills and new ways to build networked knowledge. Evaluation requires an evaluative culture necessary for sustained approach to authenticity, transparency, consistency and practicality.

Palavras-chave: educação, avaliação, tecnologia, ensino online, competências

Introdução
A avaliação, enquanto conceito multifacetado (Mateo, 2002; Figari & Achouche,1997; Chevallard,1990), tem vindo a ter um desenvolvimento devido a par de crises e insuficiências na escola que se tem refletido em praticas tradicionais ao longo dos tempos (Pinto, no prelo). Com as novas tecnologias da informação e da comunicação e o surgimento da internet surgem novos paradigmas e novas formas de aprender, especificamente com os novos ambientes virtuais de aprendizagem, que levam a uma exigência na reflexão e debate sobre o conceito, processo e desenvolvimento de práticas de avaliação (Mateo & Sangrá, 2007). Ainda assim, com o Processo de Bolonha que promove a utilização dos ambientes virtuais, a educação não é apenas baseada em objetivos mas sim como “um novo paradigma centrado no desenvolvimento de competências” (Pereira et. al., 2010, p. 1).

Avaliação de Competências e o Elearning
No processo de avaliação quanto à sua conceptualização, desenvolvimento, aplicação e diversificação temos como recurso Programas de Avaliação de Competências, PAC, que articula a cultura de testes com a cultura de avaliação (Pereira et. al., 2010). 
“Reconhece-se que o uso de um único formato de avaliação é insuficiente para fazer a avaliação da competência de um dado indivíduo. Torna-se, assim, necessário desenvolver PAC’s que contemplem novas formas de avaliação, substituindo a “cultura do teste” pela “cultura de avaliação” (Birenbaun, 1996; Dierick & Dochy, 2001, citado por Amante et. al., 2012, p. 47).
A avaliação baseada em competências tem em conta um conhecimento mais complexo, com atitudes e valores associados, e torna-se também um dos desafios no ensino superior e, em especial, na Educação a Distância, como refere Mateo & Sangrá (2007):
“At the current moment, assessing competences instead of contents is one of the major challenges facing the European Higher Area (EHEA). (…) Finally, another of the bigger concerns in terms of assessment in online education is the issue about the identity of the student. “ (In http://www.eurodl.org/materials/contrib/2007/Mateo_Sangra.htm)
E, no mesmo sentido, refere Pereira et. al. (2010), nos estudos efetuados por Sainsbury & Walker (2007), que a “explosão do elearning e a emergência de novos modos de aprendizagem com suportes digitais veio também contribuir decididamente para o repensar das estratégias de avaliação” (p.2). No entanto, face às exigências atuais, é necessário para a avaliação de competências a aceitação dos novos cenários com uma variedade de estratégias e modos de avaliação, deixando o anterior paradigma dos testes escritos, standarizados, em que o ensino se centra no professor e o aluno como elemento passivo na aprendizagem. Deste modo torna-se também necessário, cada vez mais, centrar o aluno no seu processo de aprendizagem, tornando-o mais ativo no decorrer do processo e que se tome estratégias por modo a obter “actividades colaborativas no espectro das tarefas de avaliação e faça melhor uso das possibilidades de feedback oportuno, de forma a potenciar a motivação para a aprendizagem durante o próprio processo de avaliação” (Pereira et. al., 2010, p.3). No entanto é de referir, em consideração aos mesmos autores e também referido por Amante et. el. (2012), que apenas um método para avaliar a competência é insuficiente, pelo que se deve tomar a diversidade de métodos como um conjunto, que se podem complementar e articular, na avaliação de competências. Portanto, é importante, também de acordo com Mateo & Sangrá (2007), que haja mudanças no paradigma de avaliação para que a avaliação seja conduzida pelo aluno, com critérios explícitos, de forma colaborativa e tomada como um processo baseado em competências e com carácter autorregulador do processo de aprendizagem e que as ferramentas, tais como os recursos educativos abertos, promovam as aprendizagens baseadas na diversidade.
Para a definição de estratégias de avaliação baseada em competências, Pereira et. al. (2010) propôs 4 dimensões de avaliação, articuladas entre si, suportadas pela autenticidade, consistência, transparência e praticabilidade. A autenticidade como um critério da avaliação de competências próximo do contexto da vida real/profissional. A consistência na resposta à validade e fiabilidade, no que concerne aos indicadores psicométricos, com a existência da diversidade de métodos de avaliação e com diversos contextos, avaliadores e estratégias adequadas. A transparência no que se refere à visibilidade e compreensão da avaliação de competências por todos os elementos envolvidos na aprendizagem e “implica que conheçam tanto os critérios de avaliação utilizados como os seus pesos relativos” (idem, p.4). Por fim, a praticabilidade como um critério que reflete a exequibilidade da estratégia da avaliação e, de acordo os estudos efetuados por Brown (2004), “implica a gestão eficiente em termos de tempo, da relação custos/eficiência para os avaliadores e as organizações (…) e deve assegurar que os estudantes/aprendentes consideram as tarefas como sendo realizáveis e relevantes, contribuindo para o seu desenvolvimento” (idem, p.5). Numa aplicação e com base nestas dimensões explanadas por Pereira et. al. (2010), Amante et. al. (2012) propuseram um referencial enquadrador da atividade de avaliação para uma aplicação no projeto em estudo intitulado “Elearning e Avaliação no Ensino Superior – @ssess.he”. Este projeto permitiu identificar práticas e experiências no âmbito da avaliação de aprendizagens e de competências, por meio de recursos tecnológicos, tais como: fóruns, wikis, e-portfólios, quizzes, blogues, entre outros. Desta forma, os autores tiveram a oportunidade de explorar as estratégias utilizadas e de verificar as potencialidades, constrangimentos e as perspetivas futuras da avaliação digital, pois também verificaram que, no que respeita à natureza das competências avaliadas, “embora o conjunto dos professores em causa, integrem as tecnologias digitais nas suas atividades, o que pode revelar uma valorização do seu uso, não manifestam grande preocupação com a avaliação do desenvolvimento de competências neste domínio” (Amante et. al., 2012, p.64).

Conclusão
O elearning introduziu novas possibilidades à educação, favorecendo a doação de abordagens inovadoras de ensino aprendizagem, mais centradas no aluno, na interação, na colaboração, na reflexão e na construção do conhecimento. A explosão do elearning e a emergência de novos modos de aprendizagem com suportes digitais veio também contribuir decididamente para o repensar das estratégias de avaliação. Portanto deve ser entendido como um processo sistemático, contínuo e integral destinado ao levantamento e análise de informações e dados capazes de fundamentar um julgamento imparcial, com finalidade de melhorar a eficácia das aprendizagens e corrigir os erros, sempre que necessário, implementando ações preventivas, corretivas e/ou de melhoria.
Consideramos que a avaliação é um conceito em constante evolução e conceção, com uma prática exigente nos diversos contextos, sejam eles presenciais ou a distância/online. A sua aplicabilidade deverá ser diversificada. Neste sentido, também consideramos que é necessário conceptualizar a avaliação de competências tendo em consideração que representa um conceito complexo e que inclui conhecimentos, capacidades e valores, pois a avaliação de competências também requer uma nova abordagem, na qual conhecimentos, capacidades e atitudes estão integrados (Baartman et al., 2007). As novas estratégias de avaliação introduzem a necessidade de ter em conta as competências exigidas na prática da vida real e de assegurar que os modos de avaliação reflitam os que são utilizados nesses cenários e que os critérios de avaliação sejam os adequados. Esta perspetiva coloca a questão de criar/conceber um sistema de avaliação que permita aferir a qualidade dessas novas formas de avaliação.
Face ao exposto em estudo aferimos que o modelo de ensino online requer formas de avaliação específicas e adequadas que encarem a avaliação de forma diversificada. Assim, a avaliação passa a ter uma natureza promotora das aprendizagens, em vez de certificadora, e debruçasse sobre as competências ao invés de conteúdos. As novas culturas de aprendizagem determinam o uso de novas estratégias de avaliação e as metodologias devem ser devidamente planeadas e integradas no processo de desenvolvimento e acompanhamento, especificamente no ensino a distância, e deve ser um processo dinâmico, credível e com uma aplicabilidade rigorosa e exigente mas que servirá de base ao processo ensino aprendizagem.

Bibliografia
Baartman, L.K.J., Bastiaens, T.J., Kirschner, P.A., & Vleuten, C. (2007). Evaluating assessment quality in competence-based education: A qualitative comparison of two frameworks. Educational Research Review, 2, 114-129.
Amante, Lúcia; Gomes, Maria J. & Oliveira, Isolina (2012). Avaliação Digital no Ensino Superior em Portugal. In II Congresso Internacional TIC e Educação. Acedido de 10 de Abril de 2015 de: http://ticeduca.ie.ul.pt/atas/pdf/323.pdf
Birenbaum, M. (2003). New insights into learning and teaching and their implications for assessment. In M. Segers, F. J. R. C. Dochy, & E. Cascallar (Eds.), Optimising new modes of assessment: In search of qualities and standards (pp. 13-36). Dordrecht, The Netherlands: Kluwer Adademic Publishers.
BROWN, S. (2004). Assessment for learning. Learning and Teaching in Higher Education. 1, 81-89.
Chevalard, Y. (1990). Évaluation, véridiction, objectivation. In J. Colomb & J. Marsenach (Orgs.), L´ évaluateur en révolution (pp. 13-36). Paris: INRP.
Dierick, S., & Dochy, F. J. R. C. (2001). New lines in edumetrics: new forms of assessment lead to new assessment criteria. Studies in Educational Evaluation, 27, 307-329.
Figari, G. e Achouche, M. (1997). Dix années de travaux de recherche en évaluation (1986-1996). Mesure et évaluation en éducation, 20 (2), 27-40.
Mateo, J. (2002). La evaluación educativa, su práctica y otras metáforas. Barcelona: ICE – Universidad de Barcelona, cuadernos de educación.
Mateo, J. & Sangrá, A, (2007). Designing online learning assessment Throught alternative approaches facing the concerns, in European Journal of Open, Distance and Elearning. Acedido de 6 de Abril de 2015 de: http://www.eurodl.org/materials/contrib/2007/Mateo_Sangra.htm
Pereira, A. Oliveira, I. & Tinoca, L. (2010. A Cultura da Avaliação: que dimensões?. In Actas da Conferência Internacional TICeduca 2010, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa.
Pinto, J. (no prelo) A Avaliação em Educação: da linearidade dos usos à complexidade das práticas, in L.Amante e I. Oliveira (Orgs.) Avaliação das Aprendizagens: perspetivas, contextos e práticas. E-book, Lisboa: Universidade Aberta.
SAINSBURY, E. J. and WALKER, R. A.(2007). Assessment as a vehicle for learning: extending collaboration into testing. Assessment & Evaluation in Higher Education. 33:2,103 — 117

segunda-feira, 23 de março de 2015

Bibliografia Anotada com dois itens

UC - Processos Pedagógicos em Elearning

Temática I - A Pedagogia do eLearning


Item 1

Kirkpatrick, D. (2011). Flexibility in the Twenty-First Century The Challenge of Web 2.0. In urge, E., Gibson, C.C. & Gibson, T. (Eds.), Flexible Pedagogy, Flexible Practice: Notes from the Trenches of Distance Education (pp. 19-28). Athabasca: Athabasca University Press. Disponível em: http://www.aupress.ca/index.php/books/120203

O crescimento da Web 2.0, que é caracterizado por, abertura, personalização, mobilidade e instantaneidade tem profundas implicações para as instituições educativas.

A aprendizagem flexível e o desejo de flexibilizar o acesso à educação já existem desde que a internet surgiu, contudo apesar de ser atractiva para os estudantes e empregadores, a flexibilidade que as novas tecnologias proporcionam também nos trazem novos desafios, algumas da questões colocadas pelo autor:


  • Como proporcionar flexibilidade sem complicar nem originar confusão aos alunos e colaboradores?
  • Como podemos oferecer flexibilidade de forma eficaz e eficiente?
  • Como avaliar a enorme quantidade de informação disponível na internet e a sua fiabilidade?

Apesar do entusiasmo causado pelas novas tecnologias é importante garantir uma redução de custos e padrões de qualidade.
São abordados ao longo do texto os seguintes aspectos: a web 2-.0, as redes sociais, o cloud computing, o poder disruptivo da web 2.0 e as consequências da web 2.0.
Para a autora o desafio que se coloca é gerir as fronteiras cada vez mais permeáveis entre a universidade e o mundo para aumentar a capacidade dos funcionários e os alunos de interagir e participar do mundo, evitando a fragmentação dos sistemas universitários.

Uma temática bastante pertinente desenvolvida ao longo dos restantes capítulos do livro que será para leitura ao longo da unidade curricular.



Item 2

Carril, P. Sanmamed, M. Sellés, N. (2013). Pedagogical Roles and Competencies of University Teachers Practicing in the E-Learning Environment. IRROLD, 14, 3, 462-487. Disponível em: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/1477/2586 


O documento analisado é um estudo, tendo por base a revisão da literatura mais significativa, realizado na Universidade da Corunha que teve como objectivo identificar as funções e competências desempenhadas pelo corpo docente em ambientes virtuais e o seu nível de proficiência nas competências pedagógicas com a finalidade de construir um quadro comum para o ensino e iniciativas de formação para as instituições de ensino superior.

Sendo um estudo relativamente recente é um documento de leitura recomendada para todos os interessados no ensino à distância, também foi traçado um perfil interessante dos professores, é igualmente fornecida bibliografia para posterior consulta relativa a outros estudos.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Mike Wesch

Conjunto de posts contendo os comentários-síntese (em inglês) no website do autor [www.mediatedcultures.net]


VIDEO 1



(1) The technologies are developing at a great speed and the time of people is changing too (time to eat, time to see tv, time to read, time to work, time to see the email, time to listen music, time to see the facebook, time in the school, time in the phone, etc). We must think about this. The students have a short time for all activities and the teaching must to adapt at this changing. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(2) Currently, the students have new learning experiences through the Internet, there are new several experiences. It is expected that all person can collaborate and take the better of internet to them. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(3) Free and universal access to education is the only way to reduce the consumption of resources in a society increasingly determined by the choices of the past.Small gestures can sometimes have a big impact and make a difference. Quoting Neil Armstrong: "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind." ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)


VIDEO 2



(1) Some students have no money for their needs in the school. A lot of them need to work. The school have to help them and technology can help the school, in teaching learning. Why don't the school uses the technology to help their students? ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(2) Although many students have no money, the governments must help them. All the student should be supported in the public school and to have acess to education. The new educational resources may be the really pedagogical context to the teaching and learning. For example the open educational resources (OER). ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(3) Time is a critical factor in a society submerged by constant technological advances. With a simple phone number or an email we can locate anyone on the web. Through applications like Twitter, Vibe, Whatsapp, or social networks like Facebook or Myspace we are able to get in touch or follow someone. They may not be able to see us, but they can’t hide. Despite being connected and visible, do we really know each other and really have perception of what surrounds us? ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)



VIDEO 3



(1)The society is changing and the tecnology are developing. Now we have a lot of varieties of techonological tools and the people are looking themself. “Youtube” can help us. With this tool we can show all we are feeling. We can say everything to all people. Everything in our private space to public. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(2)The technological tools are changing. We must follow the pace of new network society. With Youtube we can share films, stories, testimonies, video lessons, songs , and so on. A lot of several options that we can teaching and learning . ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(3)Human curiosity is innate in us. Youtube came to take advantage of it allowing us to share our myself and endless junk, however as curiosity is innate, the need for trust is too. As in real life we should have a careful attitude and not accept everything as true and credible just because it's online. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(4) Cooperative learning is an important approach to enrich the learning of students, it helps them became more actives and learn skills for resolving conflicts. However, the internet allows a virtual interaction between them and the construction of interpersonal relationships and the academic knowledge. So, a new virtual space, cyberculture, that the internet allowed, and where all the students can use it for acess to knowledge. This new virtual space can to provide the motivation and ties between them. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(5) The technologies is giving us new opportunities to learn more flexibility. We can learn in different spaces and differents times. We can organize our private lives and our studies. Nonetheless, the many high schools are not using the new technologies and they don't give new opportunities to students to learning in other way. Nevertheless, we are seeing that we have economic and social asymmetries between the countries. The less developed countries have more resistance to using the technologies and it's don't give new opportunities to develop. The countries have to change their policies. They have to invest and promote the technology in education. We need to grow up our economies and the new opportunities to learn. The technologies is more inclusive and flexible. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)


VIDEO 4



(1) With the hipertext we can acess in other virtual space more easily. It can help us in the school because we don't spend much time to looking for the information. For example, if we use only the books we spend much time than the hipertext. The hipertext is more easy and amusing. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(2) The virtual context is a new reality. The messages appearing in all the digital context. It's all linked each other. In the e-learning, the students have many options to learn. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(3) The internet has come to play an important role in our socialization although we have not noticed. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

domingo, 12 de janeiro de 2014

A virtualização das relações sociais

UC - Educação e Sociedade em Rede

Autenticidade e Transparência na Rede


O “mimo de internet” de 2005 dos BackDorm Boys (Chinese Boys) ao tema I Want It That Way dos Backstreet Boys, disponível no Youtube, com quase 15 milhões de visualizações, serviu de abertura ao debate sobre A virtualização das relações sociais.
Importa referir que a China privou os seus 591 Milhões de utilizadores de internet de aceder ao Youtube em 2009.

Segundo Hannah Arendt (1958) “Para nós, a aparência - alguma coisa que está a ser vista e ouvida tanto pelos outros como por nós - constitui a realidade.”.

A internet transformou o nosso modo de ser e estar, eliminando barreiras físicas e sociais, levando à desinibição da comunicação.

A Rede é o coração de um novo paradigma social e tecnológico, que constitui na realidade a base material das nossas vidas e dos nossos relacionamentos, de trabalho e de comunicação.

O que a internet faz é processar a virtualidade e transformá-la na realidade, constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que vivemos.

Tendo-se tornado num espaço de construção de sistemas alternativos, onde os indivíduos são livres de experimentar formas diferentes de comunicação e de auto-representação, é a possibilidade de “aparentar ser, literalmente, quem se quiser ser” e o potencial de experimentação que lhe está associado, que governa as expectativas da generalidade dos utilizadores das comunidades virtuais.

As comunidades virtuais são hoje um fenómeno social na internet, não existe um consenso quanto a uma definição precisa do que é uma comunidade virtual, contudo segundo Howard Rheingold, "as comunidades virtuais são agregados sociais nascidos na “Rede” quando os intervenientes de um debate o levam por diante em número e sentimento suficientes para formarem teias de relações pessoais no ciberespaço.

Criar identidades que apenas existam no ecrã não deixa de ser, uma oportunidade de auto-expressão para o indivíduo, fazendo-o sentir-se mais próximo do seu verdadeiro eu, ainda que oculto por detrás de uma panóplia de máscaras virtuais.

As pessoas não só se transformam em quem fingem ser, igualmente fingem ser quem crêem que são ou quem gostariam de ser (ou até mesmo quem não gostariam de ser), e uma vez transpostos os limites do Second Life, pode ser-se homem, mulher ou mesmo assumir múltiplas identidades.

Um exemplo da imersão no virtual é retratado pelo livro Neuromancer, de William Gibson, que viria a inspirar a triologia de filmes Matrix, mais recentemente o filme Avatar também abordou a mesma temática.
O filme a Rede Social também retracta a criação da comunidade virtual Facebook e o modo como se tornou um fenómeno mundial.

Pierre Lévy apresenta uma perspectiva optimista, e autores críticos como Jean Baudrillard ou Paul Virilio defendem visões mais pessimistas.

Enquanto Baudrillard entende o virtual como o esvaziamento do real e o fim da comunicação, Lévy interpreta o virtual como o exercício da criatividade e a garantia da permanência dos processos comunicacionais. Para Baudrillard, o virtual significa o fim do sentido, para Lévy é a criação de novos sentidos: a virtualização seria uma característica da própria comunicação (da linguagem), estando presente desde o momento em que a humanidade passou a produzir textos.

Apesar de não existir um manual de instruções da internet, existem diversos autores que abordam a temática, que podemos consultar e nos podem ajudar a formar a nossa própria opinião.

Tive a oportunidade de começar a aceder à internet aquando do boom das redes de IRC e continuei a acompanhar a evolução até ao dia de hoje, considero que devemos ter uma visão abrangente e uma postura critica em relação ao que nos rodeia, a rede tal como a vida real é povoada por pessoas, com tudo de mau e bom que isso acarreta.

Aproveito para partilhar algo real partilhado na rede virtual.




Referências:
  • Castells, M. (2011). A Sociedade em Rede. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura (Vol. I). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 4.ª Edição.
  • Ferreira, G. (2012). Que identidade nas redes virtuais? O eu flexível, entre a unidade e a fragmentação. Exedra, 6, 185-198. www.exedrajournal.com/docs/N6/12-CCE.pdf . Acedido em 29 de Dezembro de 2013
  • Lévy, P. (1997). O que é o Virtual? (Tradução de Paulo Neves). São Paulo: Editora 34
  • Lévy, P. (1999). Cibercultura. (Tradução de Carlos Irineu da Costa) São Paulo: Editora 34
  • Rheingold, H. (1993). The Virtual Community. Disponível em http://www.rheingold.com/vc/book/ .Acedido em 28 de Dezembro de 2013
  • Rheingold, H. (2012). Net Smart: How to Thrive Online. The MIT Press
  • http://en.wikipedia.org/wiki/Back_Dorm_Boys Acedido a 29 de Dezembro de 2013